terça-feira, 9 de abril de 2024

CASOS CLÍNICOS TRANSPESSOAIS - O FILHO PERDIDO



        

O paciente A já fazia psicoterapia há algum tempo, sempre trazendo os conflitos com os familiares paternos, em torno de um interminável inventário. Neste processo, eu buscava as causas ancestrais do conflito, percebendo que, pela sua intensidade, deveria ter causas transpessoais. Em uma captação psíquica anterior, já havia aparecido uma memória transpessoal de uma senhora de engenho rígida e centralizadora, que regia o seu patrimônio com mãos de ferro. Ela trazia também um sentimento de culpa em relação  a perda de um filho que, por algum motivo não conseguira salvar, mas isto ainda não havia ficado bem claro. A mãe do paciente A, já idosa, sofre de Alsheimer, cujo conteúdo emocional é o esquecimento motivado, quando acontecimentos traumáticos muito intensos, produzem a perda de memória.

               Em consulta recente, o paciente A relatou um terrível acontecimento familiar: Aos seis meses de idade, o primogênito da família, morreu em condições trágicas, quando sua mãe, já no início da segunda gravidez, entrou na cabine do caminhão de seu marido, com o bebê no colo e, conforme este fez a manobra, a porta se abriu e o bebê caiu do caminhão, morrendo esmagado sob as rodas do pesado veículo. Difícil até imaginarmos a intensidade da dor insuportável desses pais, após a trágica ocorrência. A também relatou que, na primeira infância, via seu irmão mais velho e brincava com ele, sempre que este aparecia.

Durante o relato em psicoterapia, o paciente A usava uma tela de fundo, na qual começaram a aparecer algumas imagens muito significativas, como formas-pensamento da tragédia não elaborada: Um senhor com roupas antigas e um bebê no colo; uma senhora com roupas antigas como um bebê no colo e um “frade” com um bebê no colo, que depois foi identificado pelo paciente A como sendo São José, o Patrono da Boa Morte. Segundo relato do pai do paciente A, naquele dia fatídico, a mãe, em desespero, arrancou parte dos próprios cabelos, permanecendo durante longos dias, debruçada na janela, com os olhos fixos no horizonte, como se esperasse o retorno do seu filhinho ou uma explicação para sua dor insuportável. Segundo o marido, depois da tragédia, ela nunca mais foi a mesma pessoa. Numa trans-comunicação com o filho, durante uma das sessões terapêuticas, ele pediu ao filho que cuidasse da mãe como ele, marido, havia cuidado durante a sua vida.

               Diante do relato da tragédia e das formas-pensamento que apareciam na tela virtual, decidi fazer uma nova captação psíquica, em reunião presencial do Grupo do Carrossel de Luz, considerando que seria impossível que algum membro da família pudesse acessar, conscientemente, esta memória, através de processo terapêutico. Na reunião, após induzir a sensitiva A ao acesso do inconsciente da senhora E, evidenciou-se um padrão de pensamento concreto, com pouca compreensão e informação sobre as possíveis relações psico-espirituais existentes entre as pessoas. Diante desta constatação, decidi induzir a Sensitiva A para captar o inconsciente do menino falecido sete anos antes do paciente A ter nascido, identificando na Individualidade do mesmo, fortes sentimentos de culpa em relação ao sofrimento da mãe, o que me pareceu ter uma correlação direta com a memória anteriormente captada, da Senhora de Engenho, que também havia perdido um filho. Percebi haver uma forte relação de causa e efeito entre os dois relatos. Comecei, então, a dessensibilizar as cargas emocionais do bebê, percebendo uma semelhança entre os sentimentos do menino e os sentimentos do  paciente A. Em dado momento, este me perguntou se poderia abraçar o menino, ao que eu prontamente respondi que “deveria”, antecipando que a Individualidade do menino era a mesma do paciente A e que este havia passado toda a sua vida, até aquele momento, num estado dissociado, causado pelo susto da passagem repentina, depois da qual ficou sentindo-se perdido, sem compreender o ocorrido, tanto pela tenra idade, como pela falta de informações sobre vida espiritual. Voltando a incentivar o esvaziamento da forte dor emocional, orientei que o paciente A abraçasse o menino captado pela Sensitiva A e o encaixasse dentro de si mesmo, simbolizado pela cor azul, inspirando profundamente esta cor, para recuperar a sua integridade psíquica. Esta captação foi realizada no dia 7 de abril de 2024 e o processo terapêutico ainda terá continuidade, para a elaboração consciente e compreensão dos intrincados vínculos do inconsciente profundo da família, na qual os parentes conflituosos podem ter uma correlação com os débitos evolutivos da Senhora de Engenho.

               Apesar dos longos anos de trabalho com os casos clínicos transpessoais, ainda me surpreendo com a intensidade dessas memórias que, cada vez mais, emergem à consciência, para serem compreendidas e liberadas na misericordiosa energia do auto-perdão, do pedido de perdão ao Divino, do pedido de perdão ao outro e do perdão aos inimigos espiriuais que, como seixos que rolam pelos rios da vida, vão sendo todos lapidados, até alçarem níveis de consciência mais elevados, com a compreensão das aprendizagens resultantes das experiências vivenciadas em cada existência terrena. Aprendizagem para todos nós, alunos da Escola da Vida...

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

CASOS CLÍNICOS TRANSPESSOAIS - MEMÓRIAS PATERNAS

 



               O pré-adolescente G apresenta dores abdominais frequentes, ansiedade,  insônia e bloqueio da expressão emocional. Fez acompanhamento psicopedagógico para adaptação à nova escola, alcançando bons resultados de aprovação, mas ainda necessitava de uma pesquisa mais profunda, em suas memórias transpessoais.

               Trabalhando com a avó do menor, confirmamos que G traz as memórias transpessoais de seu bisavô materno, o que já havia sido informado à família,  em evento espontâneo de trans-comunicação, através da sensitiva A, em uma antiga reunião de harmonização, realizada em meu consultório. Na ocasião, o bisavô materno, para surpresa dos familiares presentes na sessão, informou que estaria de volta como filho de V, que iria sentar-se no seu colo e que a família teria uma surpresa numa terça feira. De fato, a mãe de G fazia as ultrasonografias às terças-feiras, dia da semana em que se confirmou que o bebê seria um menino.

               G passou pela separação litigiosa de seus pais, com muitos ressentimentos, lamentando-se pelo fato de que eles, naquele momento,  não tenham pensado no filho, nem lhe explicado os motivos da separação repentina, 15 dias antes do Natal.

               Realizando uma captação psíquica de G, através de sua avó paterna, encontramos padrões semelhantes entre a existência anterior e a atual. Na memória transpessoal do bisavô paterno este, quando menino, morava numa casa de cômodos, num bairro antigo do Rio de Janeiro, com a irmã bem mais velha do que ele e a mãe idosa e do lar, que separou-se do marido quando o filho ainda era recém-nascido e não  permitiu que o pai o visse, quando voltou, um ano depois e eles nunca mais se viram. Esta condição era motivo de preocupação para o menino, que perdia noites de sono imaginando como seria a sua vida, se a irmã costureira, que sustentava a pequena família, viesse a falecer, o que na realidade não aconteceu, evidenciando-se os mesmos padrões emocionais que emergem para serem curados.

               Na existência atual, após a separação dos pais, G passou a morar com a mãe e a avó materna, revivendo o mesmo estado de ansiedade diante da possibilidade de falecimento da avó provedora, dada a condição do desemprego materno. Também sente falta da presença mais efetiva do pai, como apoio, lei e limite nas relações com o mundo externo, aspecto que também vem sendo trabalhado nos acompanhamentos terapêuticos do genitor.

               Durante a captação, conseguimos esvaziar muita dor e sofrimento retidos nas memórias transpessoais de G, levando sua Individualidade a compreender que o que aconteceu antes não precisa repetir-se na atual existência.

               Atualmente entrando na pré-adolescência, G se prepara para o ingresso na vida militar, desejo não realizado na existência anterior, por ter sido avaliado como arrimo de família, por ser o único homem, assumindo o sustento da mãe e da irmã, ainda jovem, até o final de suas existências.

               G ainda se encontra em acompanhamento terapêutico, até que tenha alcançado o estado de homeostase necessário para que ele retome a espontaneidade natural de sua juventude e possa realizar, no tempo adequado, o seu sonho profissional, interrompido na existência anterior, tendo seu pai como a  mão amiga, protetora e orientadora do seu caminho evolutivo.

                                        Dra. Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 28 de janeiro de 2024.

domingo, 28 de janeiro de 2024

CASO CLÍNICO TRANSPESSOAL - A HERDEIRA

 


A paciente A procurou a psicoterapia em função das dificuldades de relacionamento conjugal, com sua genitora e dificuldades de assumir suas funções maternas. Apresenta o padrão típico de oralidade insatisfeita, com obesidade, dificuldades de controle alimentar e falta de iniciativa. No decorrer do processo terapêutico, alcançou melhores níveis de proatividade, retornando, posteriormente ao padrão inicial, diante do que sugerimos as técnicas regressivas, em especial à vida intrauterina, renascimento e memórias transpessoais, mas ela mostrou-se resistente, cancelando o tratamento.

Como sua genitora também se encontrava em processo terapêutico, agendamos uma captação psíquica com a sensitiva A, que acessou uma memória transpessoal de nobreza, na qual o genitor, insatisfeito com o fato de que sua esposa não lhe tivesse dado um herdeiro do sexo masculino, ordena que se cumpra a lei e que a menina seja morte ou doada para ser criada por outro família. Desesperada com a decisão do marido e senhor, a mãe decide fugir com a criança, com o apoio da ama de leite e de um barqueiro contratado para tal fim. Ao atravessarem um rio caudaloso, em busca de refúgio em terras distantes, o barco naufraga, já próximo a margem e o barqueiro e a ama conseguem salvar-se com a menina, mas a mãe, por não saber nadar, morre afogada. Alcançando o refúgio em terras longínquas, o barqueiro e a ama de leite criam a criança como sendo filha de ambos, jamais lhe revelando suas origens de nobreza, desse modo preservando-lhe a vida.

Esta memória tão trágica explica o comportamento de A, em sua existência atual, sempre exigindo do padrasto, o pai na outra existência, que lhe dê o devido sustento e atenção afetiva, fazendo com que a mãe fique como mediadora no conflito entre ambos. Como o padrasto não acessa suas memórias transpessoais e A se recusa a fazer as técnicas regressivas, a situação permanece em aberto, aguardando que o atual momento evolutivo de final de ciclo planetário, traga, espontaneamente, esta memória à consciência do pai e da filha de outrora... Que o Divino os sustente nesta travessia do caudaloso rio da vida!

Dra. Sueli Meirelles, Nova Friburgo, 27/10/23, data da publicação do caso clínico.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

CASO CLÍNICO TRANSPESSOAL - MEMÓRIAS DE GLADIADOR

 

        

            O paciente V apresenta uma profunda tristeza diante da estranha sensação de raiva contida, que ele chama de Hulk. Paralelamente, atrai situações de perda e riscos de acidentes desnecessários, tendo em contrapartida a sensação de estar sempre protegido. Diante de tantos sentimentos controversos, fizemos várias sessões de terapia regressiva, até que conseguíssemos que o inconsciente liberasse tão terríveis memórias. Encontramos uma existência de V, como gladiador e relatamos aqui o forte conteúdo emocional, que nos conduz a profundas reflexões sobre o desrespeito à vida, ao longo da história humana. Nesta memória transpessoal. V é um gladiador que luta nos torneios anuais do Império Romano. Antes, em função de sua grande força física, trabalhava numa pedreira, até ser vendido para uma cidadã romana, que o inscreve nos torneios do Coliseu, onde o sangue derramado pelos escravos, “propriedades” da nobreza, serve de divertimento para a turba ensandecida. V sempre vence os seus adversários, absorvendo a terrível energia da plateia, que vibra com as suas vitórias sobre os adversários sem chance. Esta energia, identificada há muitos anos atrás, ficou em suspenso, até que V tivesse maturidade e suporte emocional para abri-la.  Na regressão, descobrimos que esta era a energia do Hulk, que emergia do inconsciente coletivo da humanidade ignorante das Leis Evolutivas[1] que,  naquela mesma época, eram ensinadas pelo Mestre Jesus, em sua caminhada de pregações do Novo Evangelho de Amor e Perdão.

Começando o processo do despertar da consciência, a orgulhosa cidadã converteu-se ao Cristianismo que gradativamente cativava o povo romano, passando estes ensinamentos ao seu escravo gladiador e trazendo-o para os ensinamentos de Amor e Perdão. Mas um dos mandamentos  da Lei Divina é:_ “Não Matarás!” Em obediência a esta Lei Maior, o gladiador campeão, em seu último combate, deixou-se abater pelo adversário mais fraco, preservando-lhe a vida. Segundo o relato de V, este foi um momento precioso, em que a própria morte foi vitoriosa sobre o matar o outro[2], libertando-o também da triste sina da escravidão e com ele,  a todas as consciências que se encontravam aprisionadas às dores da arena sangrenta. Neste ponto da experiência regressiva, ressignificamos o sentido de morte como vitória, encontrando a causa de sua atração pelo perigo, ao mesmo tempo em que a conversão ao Cristianismo, lhe trazia a plena sensação de proteção por parte de Maria de Nazareth.  Diante do ocorrido, a cidadã romana sentiu-se culpada por ter convertido o seu escravo ao Cristianismo e este sentimento de culpa a conduziu a uma sofrida experiência, na existência seguinte.

Durante a ocorrência de um dos acidentes, V teve um leve traumatismo craniano, sem maiores sequelas e sem sequer fraturar qualquer osso do seu corpo, chegando a ver a sua Luz de Proteção, em meio às várias sincronicidades de socorro, naquele momento difícil. E este foi o último de vários acidentes anteriores, nos quais sempre saiu ileso!  A partir dessa experiência, V desenvolveu uma fé absoluta na Proteção Divina, tornando-se agradecido por tão Grande Benção.

            Em trabalho regressivo com a mãe de V, de acordo com a Perfeita Lei de Causa e Efeito, descobrimos que, numa existência posterior, a orgulhosa cidadã romana foi mãe de um outro gladiador levado por seu dono num carroção, como um bicho enjaulado, de cidade em cidade, para as terríveis lutas fratricidas, que continuavam divertindo as turbas ignorantes de antigos vilarejos do império romano. Neste doloroso percurso, o gladiador dormia dentro do carroção, mesmo lugar onde lhe  colocavam o alimento e onde fazia suas necessidades fisiológicas. Não há relato de banho ou convívio com outros seres humanos, neste contexto tão desumano... Acompanhando o carroção, seguia a mãe do gladiador, que o acompanhava na sua dolorosa via crucis, pedindo ao Divino que protegesse a vida do filho, em cada luta, deste modo resgatando seu débito evolutivo da existência anterior. Este outro gladiador, preso de profunda depressão, acabou morrendo de inanição, num calabouço onde escravos inúteis terminavam suas tristes existências, como velhos objetos descartados do uso... Que ele também tenha sido libertado de suas sofridas memórias!

            Estas dolorosas experiências regressivas, nos ensinam a prevalência das Leis Divinas sobre os desatinos humanos. Muitos irão questionar sobre a utilidade de abrir arquivos de memórias tão dolorosas, mas o fato é que, mesmo quando mantidas sob o véu do esquecimento, pelo mergulho no mundo físico, essas memórias interferem na presente existência, mantendo crenças auto -limitantes profundamente arraigadas como padrões inconscientes, que afetam o comportamento expresso e a postura diante da vida. Para V, isto se refletia numa postura de baixa estima; de não reconhecimento ou defesa dos sagrados direitos concedidos por Deus a todos os seus filhos e filhas. A libertação dessas memórias permite, agora, a V a retomada de sua vida produtiva, da recuperação da capacidade de trabalho e direito aos bens materiais necessários ao sustendo da vida terrena; resgatam o seu direito aos vínculos afetivos de família e permitem  a reativação de suas competências e habilidades técnicas, em que suas mãos agora  são usadas para abrir as portas de novas oportunidades de vida digna,  produtiva e próspera... Como ser humano também em evolução, dou Graças aos Céus pela oportunidade de fazer parte desta restauração de vida!

Sueli Meirelles, em Nova Friburgo 23/10/23 (data da redação do caso clínico)


                            Dra. Sueli Meirelles, em Nova Friburgo 23/10/23 (data da redação do caso clínico)

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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

CASO CLÍNICO TRANSPESSOAL - MEMÓRIAS DE LAÇOS FAMILIARES TRANSGERACIONAIS

 


               A chegou ao consultório relatando que seu filhinho T, de 5 anos havia dito que seu coração estava “assim”, mostrando com a mãozinha, o batimento cardíaco acelerado. Aprofundando  os detalhes do seu relato, percebemos uma relação entre os sintomas do pequeno e os sintomas da tia paterna, cardiopata.  Colocando-a em estado de transe, induzi que A captasse a tia, cujo inconsciente nos revelou que ela pensava estar próxima da passagem para o mundo espiritual e esperava ser acolhida pela mãe e pela irmã mais velha, já falecidas.  Como já havíamos identificado antes, T era a reencarnação da avó paterna e o fato de que a tia estivesse buscando a sua conexão, fazia com que ele manifestasse os seus sintomas cardíacos. Imediatamente, comecei a dessensibilizar a experiência, transmutando com A o mal-estar dos sintomas, informando a tia que sua mãe já havia retornado ao Plano Físico e não estaria esperando por ela, no Plano Espiritual. Mas ainda havia muito mais a ser dessensibilizado. A, sendo a mesma individualidade da irmã mais velha da tia paterna, começou a relembrar suas memórias transpessoais de morte traumática, quando foi assassinada pelo pretendente que sofria de tuberculose e, em seu desequilíbrio mental e possessividade, queria leva-la para o além, junto com ele. Relembrou o seu desespero por não poder voltar para casa, depois de um dia de trabalho e a sua preocupação com o sustento dos irmãos menores, como arrimo de família e suporte à mãe, que ficara viúva, um ano antes. Depois de evaziar a intensa carga emocional desta memória trágica, A voltou a concentrar a sua atenção no pequeno T, em quem a Cardio-pediatra havia diagnosticado uma abertura interatrial de quatro milímetros. Em sua fala inconsciente, o pequeno T diz que a mãe que perde um filho, perde um pedaço do seu coração. Dessensibilizando, novamente,  este novo conteúdo emocional, induzi A para retornar ao estado de vigília, ajudando-a a elaborar toda a sofrida experiência de uma existência anterior e ainda tão recente, com retorno na segunda geração.

               Com certeza absoluta esta foi uma das captações com memórias mais dolorosas com as quais já trabalhei em minha longa prática clínica com as técnicas de Captação Psíquica e Regressão de Memória. Por outro lado, como foi gratificante poder libertar A,T e a tia de seus laços transpessoais negativos, dissolvendo as influências e somatizações, no tempo presente. Também foi consolador o fato de verificar o retorno daqueles que se amam e cujos laços afetivos atravessam as gerações, com oportunidades reparadoras de seus débitos evolutivos, no cumprimento da perfeita Lei de Causa e Efeito, que rege as experiências e aprendizagens humanas, na Escola da Vida.

                                                                 Nova Friburgo, 08 de agosto de 2023.  

                                                                 Sueli Meirelles

                                                                 Pesquisadora de Fenômenos Psicoespirituais  


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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

CASO CLÍNICO TRANSPESSOAL - CARTA DE DESPEDIDA AOS FAMILIARES

 

          O paciente D já fazia psicoterapia havia algum tempo, quando me informou que faria uma cirurgia para substituição de válvula mitral, motivo pelo qual sugeri que fizesse a técnica de Pré-Indução Hipnótica para Cirurgia, objetivando trabalhar reações adversas à anestesia geral e possíveis medos imaginários.

Na consulta agendada para este fim, após a indução ao estado de transe hipnótico, D trouxe a seguinte fala: _“Estou sorridente. Sinto saudades por deixá-los; pela separação, mas o coração já não funcionava bem, por causa da idade. Tenho compaixão e serenidade. Compreendo que é necessário deixá-los. Agradeço pelo tempo em que convivi e me despeço, com paz e tranqüilidade. Era necessário. Estou tranqüilo. Tenho fé e estou entregue a Deus. Entregue ao resultado. Nas mãos de Deus. Estou tranqüilo. Tudo correu bem. Tenho fé e sigo. Estou com vocês. Amor e Paz.”

            O pleno estado de tranquilidade evidenciado pelo paciente, durante o transe, não indicava nenhuma necessidade de esvaziamento emocional ou de estado  emocional conflituoso. Do ponto de vista terapêutico, não havia o que ser trabalhado, motivo pelo qual induzi o retorno do paciente ao estado de vigília, para a elaboração de tão significativa fala, mas o paciente não se recordava dos detalhes do ocorrido, lembrando-se, apenas, da imensa sensação de paz e serenidade que o envolvia. Havia sido um fenômenos puramente inconsciente. Ancorando este estado de consciência de paz e serenidade, encerramos a sessão daquela quarta-feira.  Duas semanas depois, numa terça-feira, o filho de D me ligou de Brasília, dizendo-me que D havia feito a passagem para o Plano Espiritual e que não deveria ter sido operado, diante do que me lembrei-me do que havia ocorrido na consulta anterior e que agora fazia sentido, como carta de despedida e consolo para os familiares. Buscando a ficha de registro do paciente,  e  para o filho a linda mensagem de despedida, com a qual ambos nos emocionamos profundamente, com muita gratidão por vivenciarmos uma experiência espiritual tão sublime, em que uma pessoa bastante evoluída tem a oportunidade de consolar seus entes queridos, que ainda cursam a escola da vida. Mesmo decorridos alguns anos de convívio com experiências transpessoais tão fortes, ainda me surpreendo com a perfeição das Leis Divinas que regem a vida e das múltiplas oportunidades de aprendizagem sobre o sentido de nossas existências terrenas e dos limites de nossos recursos científicos diante dos Desígnios Superiores.

                                   Com muita Gratidão,

                                   Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 18 de março de 2015.

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CASOS CLÍNICOS TRANSPESSOAIS - Apresentação

 

          Um dos grandes desafios na área de Psicologia é a gama das possibilidades de ampliação da consciência e seus muitos fenômenos, como demostrado por Weil ( 1975), em pesquisa realizada em 1975, na UF/BH, com base na qual fundamentamos o nosso artigo sobre o novo modelo da estrutura psíquica[1].   

Desde o surgimento da Psicologia Humanista, autores como Maslow, Jung, Assagioli, Stanislav Groff, Jean-Yves Leloup dedicaram-se à teorização sobre os diferentes fenômenos espirituais. Estes estudos nos inspiraram à observação atenta das experiências vivenciadas pelos participantes e pacientes atendidos no Grupo do Carrossel de Luz (nosso grupo de pesquisa de fenômenos psicoespirituais), bem como os resultados obtidos através da técnica de captação psíquica e das próprias técnicas regressivas aplicadas nos atendimentos de consultório.

            Os fenômenos observados nos levaram a buscar explicações, dentro e fora do campo da psicologia, conduzindo-nos ao estudo das Tradições Sapientais da humanidade, em cujo contexto religioso, esses fenômenos são acolhidos como vivências reais de manifestação de fenômenos espirituais, em especial aquelas que aceitam a Reencarnação como Lei Biológica[i].

            Aprofundando mais a compreensão desses casos clínicos, percebemos a prevalência das leis evolutivas[2], em especial a Lei do Livre Arbítrio e a Lei de Causa e Efeito, que regem os desencontros e reencontros ao longo da trajetória evolutiva de cada Individualidade Eterna[3], em suas manifestações como Personalidades Terrenas. Tais experiências também nos ajudaram a desenvolver uma postura de não julgamento e de compaixão para com os pacientes que vivenciavam tais fenômenos, levando-nos a compreensão de que os julgamentos e críticas aos erros alheios não contribuem para a nossa própria evolução, prevalecendo as máximas do Cristo: “Não julgueis para não serdes julgados”; “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra.”

Diante dos sofridos relatos e da compreensão de suas consequências sobre existências posteriores, desenvolvemos compaixão e humildade para aprendermos as lições evolutivas contidas nesses casos clínicos, como preciosas contribuições para o nosso próprio aperfeiçoamento espiritual. Com este objetivo, decidimos publicar alguns dos casos que registramos, mantendo sigilo sobre  a identidade dos nossos queridos amigos evolutivos e focalizando apenas o relato dos conteúdos que resultam em preciosos ensinamentos para todos que têm interesse sobre o tema. Também lembramos a estes companheiros de jornada terrena, que nos confiaram seus mais íntimos segredos, que a vida é um grande experimento no qual todos nós, aprendemos o que fazer com nossos acertos e o que não fazer, com nossos erros e que a culpa e os comportamentos de autopunição não contribuem para a manifestação do Plano Divino que é perfeito e sempre objetiva oferecer-nos possibilidades de reforma íntima e transformação positiva. Assim sendo, que todo o sofrimento por eles vivenciado possa ser colocado na Chama do Perdão, dissolvido e transmutado nos atributos divinos que precisam desenvolver, até que tenham alcançado a condição Mestres de si mesmos. E que assim seja para todos nós...

                           Com muita Gratidão,

                                        Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 26 de setembro de 2023.

 

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[1] http://carrosseldeluz.blogspot.com/2016/12/o-novo-modelo-da-estrutura-psiquica.html

[2] http://carrosseldeluz.blogspot.com/2016/04/as-leis-evolutivas.html

[3] https://carrosseldeluz.blogspot.com/search?q=individualidade+e+personalidade